quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Relato musical

Não sei se isso já aconteceu com você, mas quando criança, acontecia de meus pais ou tios colocarem determinada música pra tocar e eu sair de perto para não ter que escutar aquele som.

Engraçado que ainda tachava a música de "chata" ou "de velho". Não sei explicar o motivo de não gostar daquilo, sendo que ainda não havia um conceito/ definição de música boa.

Na época, era empolgante aumentar o volume ao som de Raimundos, Charlie Brown Junior, Offspring, Red Hot, Blink 182, Limp Bizkit, etc... Hoje essas mesmas bandas possuem a ocasião certa pra serem ouvidas. Djavan, Jorge Ben, Tim Maia, Gilberto Gil e outros não tinham vez no rádio de casa.

Engraçado que o tempo passou e tudo aquilo que eu não ouvia passou a ser admirado, mais ainda depois de começar a estudar música. Sempre me autodenominei eclético, mas desse "bicho" aí eu não tinha nada. Dizem que aprendemos com os próprios erros, mas parece que, mesmo tendo essa consciência, continuo errando e subestimando a genialidade de certos artistas. Lembrando que estou falando de MÚSICA, não apenas de música.

Certa vez alguém disse que os brasileiros investem em certos estilos, sendo que estes, geralmente, ficam presos à região de origem ou, mesmo, no país e não veem que o MPB roda o mundo fazendo sucesso por onde passa. Nada contra quem curte os estilos universitários e/ou ritmos da moda - até porque são legais ouvir em festas, reuniões familiares, toca-las com os amigos - mas concordo com essa afirmação.

É... acho que estou ficando velho ou chato, quem sabe, velho e chato
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