Já faz um tempo que é discutida, no Supremo Tribunal Federal (STF), a exigência ou não do diploma para o exercício do jornalismo e, na última quarta-feira (17), oito ministros mais o presidente do Tribunal, Gilmar Mendes, se reuniram novamente para colocar um fim neste assunto.
Por oito votos a um, foi decidido que para o exercício da profissão não será obrigatório que o jornalista tenha diploma. De acordo com o presidente do STF e relator do processo, "a formação específica em cursos de jornalismo não é meio idôneo para evitar eventuais riscos à coletividade ou danos a terceiros".
O único voto em favor da obrigatoriedade do diploma foi do ministro Marco Aurélio de Mello, que justificou seu voto dizendo que toda profissão é passível de erro, porém no jornalismo, "penso que o jornalista deve ter uma formação básica que viabilize sua atividade profissional, que repercute na vida do cidadão em geral", disse Mello.
Para a advogada do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo (Sertesp) Taís Gasparian, "mais do que indesejável, a exigência do diploma para jornalistas é impraticável. Como se proibirá o exercício da disseminação da informação pela internet?" Ela também acrescentou que "[o jornalismo] é uma profissão intelectual ligada ao ramo do conhecimento humano, ligado ao domínio da linguagem, procedimentos vastos do campo de conhecimento humano, como o compromisso com a informação, a curiosidade. A obtenção dessas medidas não ocorre nos bancos de uma faculdade de jornalismo".
Já para o advogado da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) Roberto Egydio, "[a exigência do diploma] consagra a fugura do colaborador, inclusive remunerado... Não é exigido diploma para escrever em jornal, mas para exercer em período integral a profissão de jornalista”, completou.
Talvez a não exigência do diploma seja um retrocesso na história do jornalismo nacional, já que no início da imprensa no Brasil qualquer pessoa podia se considrar jornalista.
Olá Gui...estou lendo seu blog por indicação de uma amiga e gostei da qualidade dos seus textos...parabéns.
ResponderExcluirSobre este em particular quero me manifestar pois sou jornalista profissional formado em universidade do estado (Unesp), e me senti ultrajado com a decisão do STF.
Os argumentos dos senhores juízes até que podem ter sua sustentação, mas como ficam os inúmeros jornalistas que como eu investiram dinheiro, tempo e até mesmo sua saúde em fazer cursinhos, pagar aluguel de república, alimentação, material e tudo mais?
Ok, vamos liberar a profissão pra qualquer um? Então me devolvam "com juros e correção monetária" tudo que investi nestes longos 4 anos...e tudo certo! O mercado irá selecionar os melhores...só que no "meu tempo" o acesso até este mercado era resultado de muito esforço.
Sandro Rodrigues (diplomado no peito e na raça)
ao contrario do bonitão aí em cima, penso que a midia informativa deva ser livre para qualquer um exercer, um diploma nada indica, ja que muitos "playboys" fazem milhões de cursinhos e pagam por este diploma, mas nada tem a acrescentar ao povo, e são meros "playboys diplomados", para está profissão em particular creio que um diploma só ajuda no aprendizado para com a escrita, muitos jornalistas vão para o lado do sensacionalismo, prova disso não preciso postar é só ler os jornais sangrentos e a televisão alienadora, por outro lado tem os que realmente se preocupam com a atual situação do mundo e fazem da midia um porta voz dos desfavorecidos e dos males do planeta... Os que são contra essa decisão do estado são aqueles que não tem capacidade real de exercer a profissão e culpa aqueles que a praticam sem um diploma, assim veem como concorrentes e não parceiros de trabalho em prol da nação os menos desfavorecidos que nunca tiveram a chance de ir pruma universidade...Esquecem para que a midia informativa foi feita... Nada contra os que tem diploma, ao contrario tudo a favor daqueles que tiveram a chance de conquista-lo ], ja que a situação do pais não é nada boa, vale lembrar que diversos escritores e pensadores tanto do passado como os de agora nunca frequentaram uma faculdade, não por falta de interesse, mas por diversos outros motivos, e estes muito considerados.
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